O Tricot de Monte Sião foi registrado pela Prefeitura Municipal de Monte Sião-MG por sua importância cultural para a cidade.
A cidade de Monte Sião é famosa nacionalmente pela produção de confecções, especialmente de tricô. Até a década de 1980, mulheres monte-sionenses costumavam produzir peças de tricô artesanalmente para vendê-las, em função do grande movimento turístico nas cidades vizinhas, que fazem parte da região hoje conhecida como “circuito das águas”. Com o aumento da demanda pelas belas peças de tricô produzidas em Monte Sião, organizaram-se pequenos negócios familiares em torno da comercialização do tricô. Com o aumento da demanda, passou-se a produzir malhas com a utilização de maquinário industrial. Ocorreu então um grande movimento de industrialização na cidade, acompanhado da especialização da atividade econômica no setor de confecções, o qual se espraiou para outras pequenas cidades das redondezas, compondo o “Circuito das Malhas”. Monte Sião é hoje considerada a Capital Nacional do Trico destino de milhares de turistas e de lojistas provenientes de outros estados.
A história de Monte Sião: Há duas versões quanto à origem do nome do município. Segundo narra o professor Penachi em seu esbôço histórico, ″antigamente esta localidade era conhecida com o nome de Monte Silhão, devido talvez ao morro do Pelado, que imita a forma deste objeto esportivo feminino″, acrescentando ainda que os padres missionários teriam convidado o povo para mudar o vocábulo ″Silhão″ em ″Sião″, topônimo de uma localidade da Palestrina. A outra versão atribui aos padres Franciscanos a sugestão do nome ″Monte Sião″ durante as primeiras missas celebradas no sul de Minas.
O mais antigo documento conhecido, que se refere à construção e fundação de uma capela com a invocação de Nossa Senhora da Conceição da Medalha Milagrosa, no lugar denominado Jabuticabal é uma provisão datada de 29 de março de 1849 e assinada por Lourenço Justiniano Ferreira, Vigário Capitular da Diocese de São Paulo. Em outro documento datado de 13 de abril de 1890, o mesmo sacerdote despachava petição concedendo autorização ao Vigário de Ouro Fino para visitar e benzer uma capela de sua paróquia, situada no lugar denominado Jabuticabal.
Em meados do século passado estava assim edificada a primeira capela da paróquia de Monte Sião, que seria o número de uma nova família religiosa e se constituía em um novo centro de atração e de convergência dos fiéis moradores dos povoados vizinhos.
O professor José Penachi fixa o ano de 1938 como o de fundação de Monte Sião, não sendo, porém, a sua afirmação baseada em documento algum. Assim não seria erro afirmar que Monte Sião foi fundada em 29 de março de 1849, quando Lourenço Justino Ferreira, Vigário Capitular da Diocese de São Paulo, despachou uma petição assinada por alguns moradores do antigo bairro de Eleutério e dirigida aquela autoridade a fim de obter licença para construção de uma capela.
Os chefes de família que mais se destacaram na fundação do arraial que se formou em torno da capela e que deu origem à atual cidade de Monte Sião, quer pela sua influência social e religiosa, quer pelos haveres foram: o major Antônio Brenardes de Souza, tenente Joaquim Vaz de Lima, Francisco Rodrigues da Costa, Francisco Nogueira Bastos, Francisco Bernardes de Souza, Joaquim da Costa Pacheco, Joaquim Marques Ribeiro, Manuel Nogueira Bastos, capitão Francisco Joaquim da Gouveia, Joaquim Euzébio da Costa Pacheco, José Joaquim de Godói, Joaquim Cardoso de Morais, João Honório dos Santos, Francisco Antônio Machado, Bernadino Cardoso de Godoí, Joaquim Cardoso de Godoí, Joaquim Lisboa da Silva e Joaquim Correa da Silva. Os quatro primeiros citados são considerados os idealizadores e fundadores do arraial, distinguindo-se, entre eles, porém, o major Antônio Bernardes de Souza, pelo incansável zêlo e constante trabalho em prol do desenvolvimento da terra em que residia. Homem afortunados, perdeu tudo o que tinha na execução do seu ideal de fazer prosperar a localidade de Monte Sião. Em todos os documentos que se referem a alguns melhoramentos local aparece com destaque o nome do incansável major Antônio Bernardes de Souza.
O fato principal que se verificou nos primórdios da capela Nova de Monte Sião, em tôrno da qual surgiu o povoado do mesmo nome foi, sem dúvida, a visita pastoral do bispo de São Paulo, D. Antônio Joaquim de Melo.
Nos tempos atuais deve, Monte Sião, grande parte de seu desenvolvimento ao farmacêutico Mário Nucato, que muito trabalhou no sentido de dotar de grandes melhoramentos a terra que lhe serviu de berço.
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